sábado, 12 de janeiro de 2013

Prendas Vivas


Conversava ontem com umas amigas a propósito do valor de certas palavras. Por vezes a mesma palavra é atribuída para classificar elementos diferentes mas essa palavra não tem o mesmo valor para todos os elementos. A propósito dessa conversa lembrei-me das prendas que recebemos independentemente da época ou comemoração.

As prendas são e serão sempre mimos ou atenções de alguém que disponibilizou tempo a pensar o que nos iria oferecer, logo essa acção merece a nosso afecto e consideração pela pessoa que nos oferece. 

Mas é impossível ser indiferente aquelas prendas que são oferecidas por “obrigação” em que a pessoa que oferece não parou um bocadinho para pensar se faria sentido…as ditas prendas para despachar.

Mas por outro lado existem pessoas que são verdadeiras caixinhas de surpresas (prendas vivas) que nos surpreendem, que demonstram o quanto nos conhecem bem! Sente-se o carinho nos pormenores das prendas, no tempo que dedicaram, na mensagem que trazem consigo. São prendas que deixam de ser meros objectos e passam a ser abraços aconchegantes que perduram para sempre. Que nos transformam, que nos vão transformando… essas demonstrações de carinho, afectos contribuem para a nossa felicidade, torna-nos pessoas mais bonitas receptivas ao outro e também mais disponíveis para o outro porque amor com amor se paga.


As prendas mais valiosas vêm enroladas em papel de seda! Desde pequenina que deliciava-me a ver filmes onde as prendas vinham em caixas que continham a prenda enrolada em papel de seda. Prenda em papel de seda significava que teríamos que desenrola-la com cuidado. Este ano recebi uma prenda da minha amiga Mª Graça Miranda cheia de pormenores desde o embrulho ao presépio enrolado em… papel de seda. Ando há já alguns anos a coleccionar figuras de presépio (memórias de infância) agora tenho um presépio de casa ou melhor de ateliê. Este presépio foi feito pela Graça à mão, cheio de pormenores lindoooo! De uma delicadeza incrível desde o presépio fechar-se com fita de organza até a frente do postal de papel ser a imagem do presente,  um saco bordado que perfuma o meu ateliê…


Também tive outra(s) prenda(s) que encheu-me o coração, uma vela de cheiro! Um miminho disse ela… bem doce, menina Cátia Reixa e cheiroso claro! Mas o que fez-me rir numa mistura de sentimentos foi o meu anel da amizade que será daqueles objectos que perdurará no tempo.





Este post é dedicado com muito carinho a duas meninas, à MªGraça Miranda e à Cátia Reixa muito obrigada pelos vossos gestos, miminhos eles enriqueceram o meu coração e as doces memórias da história da minha vida.

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