“ São
tão pequeninos que cabem dentro da sua própria alma.
Sendo
que a alma é o serem.
São
tão pequeninos que cabem na palma da mão.
São
tão pequeninos que se tornam enormes.
São
tão enormes que de o serem se tornam a nossa razão.
Ainda
não são e já são.
E
sabem porque é que já são?
São
em nome da Mãe e do Pai.
E
de tão pequeninos que são, assim se vão tornando dos Pais a paixão.
No
princípio nem lhes tocam. São tão pequeninos! Podem partir-se.
Mas
depois lentamente vem um dedo, vem uma mão. E assim devagarinho, vão
preenchendo um espaço a que chamam coração.
Os
meninos prematuros são assim.
E
cada vez mais assim serão. ”
Octávio Cunha
Sem comentários:
Enviar um comentário