Ilustr(arte) são intervenções
publicas em montras de lojas devolutas em Torres Vedras. O Comércio Tradicional é o principal
tema retratado com cheirinho a Natal.
Esta é uma iniciativa da Cooperativa de Comunicação e Cultura http://www.ccctv.org/
com o apoio da Câmara Municipal de
Torres Vedras.
Os artistas que participam este ano são Ana
Mafalda Fernandes, Ana Ventura, Catarina Sobreiro, Diana Duarte, Eunice Rosado,
Filipe Branco, Filipe Leal de Faria, João Dias, João Faustino, João Rodrigues,
Leonor Brilha, Margarida Prieto, Marta Lee, Patricia Sobreiro, Rita Feliciano, Tânia Clímaco, Vanessa Effe e
Vivian Vilela.
Esta exposição vai estar patente entre 8 e 24 de dezembro, numa galeria ao ar
livre muito especial, as ruas do centro
da cidade de Torres Vedras.
As ilustrações
encontram-se a concurso. Para votarem devem colocar no edifício Paços do
Concelho, ou na feira de artesanato CCChic em Torres Vedras ou no facebook AQUI
a minha montra é a Nº3.
Montra Nº3
A minha ilustração
é uma homenagem ao comércio tradicional especialmente para os meus avós e pais.
Também para todas as famílias, assim como a minha, que o seu espaço de trabalho
é muito mais que uma fonte de rendimento.
Sou irmã, filha e neta de comerciantes. Nasci e
cresci empoleirada ao balcão de uma taberna e de uma mercearia. Recordo-me na
minha infância de ver jogatanas de cartas ao domingo à tarde dos cigarros na
ponta dos dedos até acabar e dos dedos amarelos. Ver o meu avô a servir copos
de vinho três quinze ou um tintol. De acordar às 6 da manhã para abrir a porta
ao padeiro, sentir o cheirinho do pão quente e, ver e viver o dia a nascer enrolada
no colo doce da minha mãe.
Comércio tradicional é sinónimo de afectos, de 2 ou
três dedos de conversa… ou 4 para oferecer. Existe sempre um cumprimento de
um bom dia, uma boa tarde… conhecem o teu nome, a tua família, tu fazes parte da família tu és família.
Há calor humano e uma boa dose de simpatia. O Cliente educado não pede fiado mas se
estiver apertado nós facilitamos (Quantas famílias nós ajudámos e ajudamos?).
Quando o cliente não acredita na caixa registadora fazemos questão de fazer as
contas à mão, com o nosso lápis Viarco
(a única fábrica de lápis em Portugal, gostamos do que é nosso!). Somos
tradicionais mas temos multibanco. Sabem, há tradições que nunca deviam cair em
desuso OS AFECTOS.
Por isso convido-vos
a irem até à rua 1 de dezembro para visitarem
o senhor Vitorino. Ele cumprimenta afectuosamente todos, dê-lhe cumprimentos meus.
Para ti avô Zé e
Avó Paula, obrigada pelos momentos felizes de infância.
p.s. Saudades de
sempre e para sempre.
À Inês Mourao, o
meu muito obrigada pelo delicioso convite e pela excelente iniciativa. As ruas
da minha cidade estão lindaaaaaaaaaaassss!
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